As minhas hormonas
não me ligam nenhuma.
Humf.
que são diferentes das dos senhores da barrinha lá de cima, faço hoje 12 semanas.
Na próxima quarta temos ecografia, a minha preferida na gravidez anterior. Dá para ver tudinho ao mesmo tempo.
Hoje sinto-me mais grávida!
de um colega de trabalho que sabe da gravidez, perante os inúmeros lanches, lanchinhos e petiscadas:
"Bem, mais vale ligar uma garrafinha de soro....."
um susto de carro, que me lançou contra o banco do carro e de volta à posição inicial.
Horas depois, olho para a barriga e começa um ataque de pânico, e se o cinto apertou com muita força, e estas dores aqui de lado, acho que não as tinha ainda, e se, e se calhar é melhor ir ao hospital, e se..?
Dou dois estalos psicológicos em mim própria e a histeria passa.
Três triângulos de queijo "A vaca que ri" comidos de seguidinha.
(E mais que viessem)
como na outra, não vamos querer saber o sexo.
Porque não é importante e porque queremos uma surpresa no fim. E porque nos diverte a irritação e impaciência da família e amigos.
Tirar um bocadinho para mim e para a minha barriga e quem vive nela.
Para me convencer que está lá um bébé.
e perceber que vem aí outro bébé.
Que vou sentir por outra pessoa o que sinto pela I.
Ainda me custa a acreditar.
Decidir ir buscar o resultado das análises ao fim da tarde e esquecer-me.
De manhã, na correria para chegar ao trabalho, considerar a hipótese de ir só buscar ao almoço.
Já fui buscar. Está tudo OK.
Posso ir buscar os resultados das análises de 1º trimestre a partir das 15h, e só devo ir buscar ao final da tarde.
(Impensável na 1ª)
Acordar a meio da noite (até aqui nada de novo, que a bexiga queixa-se desde que fiquei grávida - e ainda bem, porque assim vou tapar a I.), com fome..
Com fome às 3h da manhã.
Onde é que isto já se viu?
(na gravidez da I.)
Perante esta situação restam-me duas alternativas:
1. Tentar ignorar a fome e adormecer - o que nem sempre é possível.
2. Ir comer e arriscar-me a ficar tão desperta que levo mais de uma hora para voltar a adormecer.
(E não vale a pena fazer um snackzinho antes de ir para a cama, porque me deito depois de jantar, com a barriguinha bem cheia.)
Durante o dia, meio enjoada.
Quando chego a casa, não me apetece fazer nada.
Não me apetece fazer jantar, mas apetece-me comê-lo.
Não me apetece arrumar nada, mas chateia-me ver as coisas desarrumadas.
Só me apetece estender-me no sofá e ficar lá sem fazer nada.
E o problema é que o M. anda cheio de coisas para fazer, estudar e etc, e irrita-se comigo (com alguma razão). E eu também me irrito comigo própria, com a minha inércia...
Já com a I., nos primeiros tempos foi assim.. Não me lembro é quando acabou!! :|
Depois é a roupa. Não tenho nada para vestir. Mas também não me apetece agarrar em mim e ir comprar roupa. Só de pensar em me enfiar no carro, à noite, e ir a um centro comercial...
Isto não é normal. Deem-me lá um par de estalos, sff.
fui fazer as análises do 1º trimestre. Detesto tirar sangue.
Sentada na cadeirinha, a olhar fixamente para o quadro à minha frente, deliberadamente a evitar o meu braço, naquele momento que destesto, em que a agulha ainda não me espetou, mas pressinto que o fará a qualquer momento, ouço na salinha ao lado uma criança que chama pela mãe, e passa-me de repente o "medo" todo.
Fico quase enternecida, quase a chorar com os protestos dele, a vozinha desesperada a chamar pela mãe, sempre, a mãe a dizer que o mano que é mais pequenino se portou muito bem e ele não, que raio de observação mais estúpida, como se aquela fosse altura de críticas ou comparações.
Fico angustiada. Há qualquer coisa de terrível em ouvir uma criança sofrer.
guarda-roupa neste momento, traduz-se em 2 saias, um par de calças e 3 ou 4 camisolas mais largas. Tudo o resto me fica ou apertado ou largo. (roupa normal, roupa de grávida, respectivamente)
para o trabalho uma camisa, com o intuito de disfarçar a barriga, resulta em perguntas como "vais a uma entrevista de trabalho?" ou comentários como "estás muito janota hoje".
o pai M. tem dado um contributo importante.
Para a mãe e pequenino(a) puderem descansar, todas as noites dá o biberon da meia noite à I. e muda-lhe a fralda.
Todas as manhãs trata dela, porque eu demoro séculos a despachar-me.
Faz as tarefas mais pesadas que exigem colo.
Se eu já sabia do pai excepcional que ele é, cada dia que passa tenho a certeza de que melhor pai não podia ter escolhido.
Obrigada pai M.